12 de março de 2007

as palavras choram em soluços, sem cor nem vontade. Pedaços de um nada que se engasgam na voz

as palavras,
têm silêncios de revolta.
as palavras,
estão presas em labirintos de aranha.
as palavras,
perdem-se submissas na multidão que lhes sangra os sentidos.
as palavras,
marulham como ondas num mar de vazios.
as palavras,
são terra arada num sol de sementes.
as palavras,
vão em passos perdidos do Um, em novelos de horizontes…

3 comentários:

© Piedade Araújo Sol disse...

Lindo...

Alves Bento Belisário disse...

"Destes versos nada espero.
Filhos bastardos, em vão urdidos..."

Fragmentos Betty Martins disse...

Querido Almaro

...não chega a ser
uma palavra__________o que quero dizer
abro a janela da minha respiração
componho a mesa________ de açucenas eternas
acrescento taças de vinho_________ao prazer das vogais
orquestração ou síntese da luz
prolongando
noite e dia________o interior das “palavras”

Beijo com carinho
BSemana