27 de maio de 2016

passeios

Passeio-me ,
em respirações,
na periferia-do-eu,
espécie de pele-de-mim que me transpira memórias,
gota a gota, ( chuva da alma?)
passeio-me nos pigmentos da fronteira que me-mura-o-olhar e desenho-me (reflectido?
dissecado nos pontos que me informam?)...
Eu,
que não tenho castelos,
nem fortalezas,
fragmento-me na lentidão do espaço que me habita o sentir ( labirinto?)
Eu,
que me obrigo a fluir numa teia-espiral que se expande ( que se espanta?), tenho esta periferia que me nevoeia o ver e que me limita o ser.
Respiro-me na lentidão do sopro,
e liberto-me ( perdido ?) na infinitude do que o-olhar-me-marulha...
(fundo-me
no auto retrato dos passos que me compactam o eu?).

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