15 de setembro de 2012

15 de setembro ( se me perguntam?)

somos,



pequenos nadas,
vazios,
formigas,
que gritam a indignação de serem números,
gráficos ,
lagrimas secas,
indiferentes,
rio de ecos,
vozes soltas,
angustiadas de cinza nos olhos,
nos ossos...

sabemos
que somos,

fim de era, de ciclo e gritamos, de sorrisos ausentes...

somos,

fragmentos,
estilhaços,
ruinas que se rebelam, que se agitam revoltas,
formigas gaivota
que se libertam
no protesto de quererem ser um, 
na multidão, 
com nome, 
com olhar, 
com sentir
gritamos o amanhã de nos sentirmos presentes,

foz de um rio,
sem mar...

3 comentários:

Synne Soprana disse...

Gritamos porque ainda temos voz... Mas não nos ouvem...

Somos "formigas", fáceis de pisar...

Menina Marota disse...

"... gritamos o amanhã de nos sentirmos presentes,

foz de um rio,
sem mar..."

Mas não desistimos e lutamos, contra ventos e marés!

Bjo

Monica Gomes Teixeira Campello de Saouz disse...

Belo poema, harmioso e tocante! Parabéns!