22 de julho de 2016

amanhecere(s)


Sento-me,
qual gaivota-sentinela que pousa no varandim da onda, a assistir ao pintar da noite pelo amanhecer, __________, lentamente , em aguarelas-de-luz.

Sento-me ( sinto? __________ desenho?).

Olho o evaporar das sombras, o grafitar das calçadas, a dançar nas paredes das ruas, reflexo de um voar pelo coração das pedras, como se os amanheceres fossem ondas a lavar ( levar?) os silêncios nocturnos.

Finalmente,
voo,

( des)pouso do varandim. 

Vou na luz da cidade, abraçado à alegria-do-sorriso das-manhãs-que-me-desenham-os-futuros.
As manhãs , a esculpir a cidade, rua-a-rua, são o alento que me impele para a serenidade que se funde no ver.


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